segunda-feira, 10 de março de 2008

Dieta de Atkins - Emagrecer… a comer gorduras?!

É verdade. Parece uma brincadeira de mau gosto, mas não é. Robert Atkins revolucionou o conceito de dieta na década de 70 ao dizer que é possível perder peso comendo mais gorduras.
A dieta de Atkins consiste na ingestão de grande quantidade de gorduras e proteínas bem como na restrição da ingestão de hidratos de carbono. Esta situação força o organismo a utilizar gordura, em vez de glicose, no seu metabolismo. O processo de lipolise começa assim que o corpo entra no estado de cetose em consequência da falta de hidratos de carbono. Dr. Atkins chama ainda à atenção para a responsabilidade dos hidratos de carbono na subida dos níveis de insulina. Argumentou que estabilizando os níveis de açúcar, é possível controlar a insulina no sangue, eliminando assim a ansiedade de comer, reduzindo o apetite.
Esta dieta que pouco tem em comum com as dietas “tradicionais” incentiva o consumo de alimentos, como todo o tipo de carnes, peixe e ovos, legumes folhosos e hortícolas, frutas de baixo conteúdo de açúcar, leite e todos os seus derivados, azeite, óleos vegetais e leguminosas e uma muito reduzida quantidade de cereais.
Apesar de controverso, este regime alimentar ganhou importância com alguns estudos onde apresentou resultados surpreendentes. Afinal, emagrecer pode não ser assim tão difícil… porque não experimentar?
Expomos aqui um vídeo lúdico que transfigura um pouco aquilo em que consiste esta dieta contraditória.

1 comentário:

Favas Contadas disse...

Em relação a este assunto, encontrei um artigo que noticía as consequências que esta dieta pode causar.

Neste artigo, publicado na revista científica Lancet, especialistas de Nova York descreveram o caso de uma mulher de 40 anos que seguia a dieta de Atkins, e acabou por desenvolver um problema grave no sangue.

A paciente recebeu tratamento num hospital de Nova York e apresentava um quadro de obesidade. Ela seguia rigorosamente a dieta de Atkins para perder peso e tinha tomado todas as precauções, como o consumo de vitaminas e outros suplementos.

A paciente chegou ao sector de emergência do hospital Lennox Hill em fevereiro de 2004, depois de se queixar de dificuldades na respiração. O seu estado de saúde piorou e ela foi levada para o centro de terapia intensiva.

Antes de ser internada, a paciente apresentou perda de apetite e sentia náuseas, vomitando de quatro a seis vezes por dia.

Exames confirmaram que a paciente estava com cetoacidose, um problema grave que ocorre quando os níveis de substâncias ácidas chamadas cetonas se acumulam no sangue.

Estas substâncias são produzidas quando os níveis de insulina caem devido à falta de alimentação ou diabetes.